A movimentação de cargas de projeto sofreu, no Brasil, uma queda, nestes últimos dois anos. Vários fatores contribuíram para este cenário, nomeadamente a crise que assola o país, mas 2017 poderá ser o ano de transição para a recuperação económica, vaticinam especialistas do setor.
O Sindicato Nacional das Empresas de Transporte e Movimentação de Cargas Pesadas e Excecionais (Sindipesa) do Brasil avalia a queda com a diminuição de compras de máquinas e de equipamentos e a falta de novos empreendimentos industriais. Mas 2017 poderá ser “o ano da transição entre uma economia em declínio para uma economia em fase de recuperação”, conforme prevê o Diretor-Técnico Executivo da NTC&Logística – Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística do Brasil, Neuto Gonçalves dos Reis, num texto no website do Sindipesa. Este profissional prevê que a “recuperação poderá ser puxada por um grande aumento (14,3%) da produção de grãos que atingirá, segundo previsões do IBGE, 210,1 milhões de toneladas, superando ligeiramente os níveis de 2015 (209,6 milhões de toneladas).”
Com estas expetativas de recuperação na forja, vários terminais portuários, armadores e empresas de logística movimentam-se e investem nos seus projetos, para melhorarem as condições que oferecem e conseguirem novos contratos.